Em acordo de 2010, a Rússia instalou base militar em Sebastopol, prevista até 2042, em troca de gás natural. A população, em sua maioria russa, corresponde a cerca de 60% dos habitantes (mais de 2 milhões), tendo sido cedida à Ucrânia na época soviética.
Nos anos 2010, a região polarizou-se entre pró-Rússia e pró-Ucrânia (estes últimos alinhados à União Europeia). A instabilidade política ucraniana, culminando com a deposição de Viktor Yanukovyich e a formação de novo governo, tornou a Crimeia foco de tensões entre Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia.
Em fevereiro de 2014, o Parlamento da Crimeia anunciou um referendo sobre anexação à Rússia ou restauração da constituição de 1992. A Rússia afirmou que reconheceria o resultado. Em 2 de março de 2014, o referendo foi antecipado para 16 de março. No dia 10 de março, o parlamento regional aprovou a independência em relação à Ucrânia, citando documentos internacionais como base, apesar de rejeição ucraniana e internacional.
Em 16 de março de 2014, foi realizado o referendo, criticado e não reconhecido internacionalmente, mas apoiado pela Rússia. Aprovada a anexação, a Crimeia declarou-se independente em 17 de março, oficializou o pedido de anexação à Rússia. Protestos ocorreram por parte da Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia, que classificaram o resultado como ilegal. No dia 18, Vladimir Putin defendeu a reintegração à Rússia e assinou o tratado de anexação. Em 22 de março, Putin sancionou a lei completando a anexação, desafiando posições ocidentais.
Queria escrever algo sobre a Crimeia e os antecedentes que levaram a esta situação em que encontra hoje, mas depressa percebi que nada sabia sobre o assunto. Assim, fui dar uma voltar pela internet e tentar aprender um pouco de História.
Não dei muita importância ao que se passou antes de Cristo, pois acho que a falta de documentos cria mais dúvidas que certezas na cabeça dos investigadores. Depois que os marinheiros italianos (Genoveses e Venezianos) começaram a andar por aqueles lados é que a coisa se tornou importante. Mas foi durante o domínio do Império Otomano que as coisas começaram a tomar a forma que chegou aos nossos dias.
Depois de 1777, a Crimeia tornou-se russa e daí em diante, até ao desmembramento da União Soviética, foi, ora livre, ora pertença da Rússia, ora da Ucrânia e assim chegou ao ano de 2014, data em que o Putin decidiu que era chegada a hora de voltar a reunir os dissidentes numa »Nova Rússia».
Chegado a este ponto, transcrevi o texto que abre esta publicação, a que eu chamaria as «Causas Próximas da Guerra da Ucrânia». Falta ali apenas a menção ao acordo de 1994 que devolveu à Rússia as cerca de 3000 ogivas nucleares que a velha União Soviética tinha instalado na Ucrânia e, em parte, seguiram para a Bielorússia.



























